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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Assexuais, eles lutam pelo direito de não transar

Só se fala da maratona maravilhosa de shows das últimas semanas, como não fui a nenhum e estou azeda com isso, resolvi mudar o tema. O portal globo.com, que por conta do meu trabalho eu acesso frequentemente, além de notícias quentíssimas de Passione e de tudo o que acontece com os famosos no Rio de Janeiro –como sair para andar de bicicleta, ou tomar sorvete- também é uma fonte riquíssima de notícias estranhas e bizarras. Pois bem, durante um dos meus momentos diários de leitura globo.com eu me deparei com essa reportagem da Marie Claire, sobre algo que eu nunca tinha ouvido falar: um movimento  -sério- de pessoas ASSEXUAIS.

Basicamente esse é um movimento organizado e mundial que luta pelo direito de não fazer sexo. Eles não gostam da coisa e querem ser respeitados e aceitos dessa forma. Não, esse jeito de ser não é nenhum problema hormonal, ou crise de identidade sexual, ou seita religiosa ou o que quer que possa passar pelas nossas cabecinhas preconceituosas. Eles só não gostam.

Além de sites dedicados a integrantes desse movimento, como o Refúgio Assexual,  há, inclusive, uma organização oficial –com presidente e tudo-, a Aven (Asexual Visibility and Education Network), que luta para legitimar o movimento dos assexuados no mundo, querem que sua “não opção sexual” seja reconhecida como uma 4 orientação sexual. David sei lá o que, o presidente, explica que pessoas como ele simplesmente não gostam de sexo, diferente de se abster da prática. Em 2006 a CNN fez uma matéria sobre o tema e entrevistou ele, no vídeo: 




Admito que minha primeira reação ao ler a matéria foi de tirar o maior sarro da história dessas pessoas. É inevitável, vai... Mas ando reprimindo o meu euzinho interior ruim e acabei me comovendo com a causa. Eles sofrem todo tipo de preconceito, desde gente ignorante que confunde a não opção deles com homossexualidade, até dificuldade em ter namorados e maridos –que dificilmente aceitam e compreendem o jeito de ser dos assexuais. Depois do sarro e da comoção veio o terceiro estágio: mas essa turma não sente tesão com nada? Como pode? E a resposta logo foi respondida por um dos entrevistados do texto, um americano de 37 anos que disse que fica excitado, que muitos assexuais se masturbam, só que não há uma relação direta disso com sexo (eita...). Há, então, uma relação com o que?


Tudo muito estranho. Estou preguiçosa para ficar aqui dissertando sobre a importância do sexo nas relações,  sobre as mil formas estranhas que as pessoas encontram para manifestar seus desejos e preferências, sobre como essa atividade é importante -ou não- enfim... Mas uma coisa é certa, aceitando ou não, respeitando ou não, não consigo deixar meu eu sabe tudo de lado e lamento por essas pessoas que não gostam de sexo, que não fazem sexo e que precisam travar essa batalha da aceitação para viver. Bom, prefiro pensar sobre o sexo dos anjinhos! 


Bom, né?

2 comentários:

Leninha disse...

Camila!!
eu nao sou assexuada (mt pelo contrário, hehehe), mas eu me solidarizo com eles... pq qd eu era virgem eu era vista como assexuada... e nao tinha nada a ver... primeiro, q se essa fosse uma opção minha, ela deveria ser respeitada... e segundo, que cada pessoa tem seu momento... o meu aconteceu esse ano, foi maravilhoso e nao me arrependo de nao ter feito antes... foi como eu queria!!!
beijos

Camila Hungria disse...

Flor, fico feliz que seu momento tenha sido especial e no seu tempo. No final, é isso que importa, nos respeitar e nos amar acima de tudo! bjss